esenvolvido e divulgado pelo francês, engenheiro, arquiteto, urbanista e horticultor Thierry Jacquet o jardim filtrante é uma estação de tratamento de poluentes, utilizando a
fitorremediação. Baseado na combinação de ecossistemas, as plantas são selecionadas conforme a região em que o jardim será implantado, pelo potencial de tolerância a variações do tempo, tipos de poluentes e
em relação ao consumo de oxigênio.
Os jardins utilizam as propriedades das plantas, micro-organismos e substratos na rizosfera
(região onde o solo e a raízes das plantas entram em contato) para extrair, fixar e tratar poluentes (HYDRO, 2010).
O jardim filtrante é um sistema utilizado na França para despoluir o rio Sena. O jardim recebe água poluída do rio que passa por um sistema de três jardins, chegando ao ultimo apresentando água
límpida e em condições de banho que é devolvida ao rio com uma concentração três vezes maior de oxigênio na água, que ajuda na restauração da vida aquática (CIENCIAS DO AMBIENTE, 2010).
No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) utiliza esta tecnologia adaptada para complementar o uso da Fossa Séptica Biodigestora e do Clorador desenvolvidos pela própria empresa.
Esse modelo foi
desenvolvido pela Embrapa em parceria com outras empresas e vem sendo utilizado no Brasil para o saneamento básico rural, onde apenas a água cinza é tratada (EMBRAPA, 2013).
É necessário preservar o meio ambiente nos dias atuais e reverter danos que o ser humano vem causando ao mesmo. Para isso, são utilizadas técnicas complexas e com alto custo de implantação, porém
já existem métodos simples que podem resolver vários desses problemas. Um desses métodos é o jardim filtrante que funciona como um filtro e tem a função de depurar a água contaminada e constitui uma técnica de biorremediação.
Além de trazer melhorias para o meio ambiente, o mesmo tem importância paisagística onde é aplicado, por trazer diferentes tipos de plantas, tornando assim o local limpo e esteticamente agradável.
Segundo Arnaud Fraissignes gerente da Phytoestore no Brasil in Hydro (2010), a implantação de jardins filtrantes reduz em ate 30 % o custo quando se compara a um sistema convencional de tratamento de água e
efluente. Afirma também que esse é um sistema de simplicidade operacional e de manutenção, sendo necessário retirar o acúmulo de sedimento ao final de um período de 10 anos.
A utilização das plantas como depuradoras de água em jardins filtrantes apresenta as vantagens de baixo custo de implantação e operação e simplicidade operacional. Esses sistemas são chamados de naturais, pois se baseiam na capacidade de ciclagem
dos elementos contidos nos esgotos sem o fornecimento de qualquer fonte de energia induzida para acelerar os processos bioquímicos, os quais ocorrem de forma espontânea (PHILIPPI et al, 2007).
Em parceria com a HM Construtora do Brasil e a Secretaria municipal do Verde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável de Campinas, a
RDG Soluções Ambientais entregou em propriedades rurais de Campinas dois kits para adicionar mais sustentabilidade as propriedades e filtragem das águas.